Não foi proposital, mas terminei com ele este mês, depois de muitas idas e vindas, pois vocês devem compreender que trabalho e estudo atrapalham muito esse tipo de coisa...Atrapalham a leitura pelo simples ato de ler. A propósito estou falando do livro O amor nos tempos do cólera.
Esse que desde o inicio me deu muito trabalho.
Lembro de estar sentada na banqueta da livraria e ter olhado ele por acaso, até com certo desdém, só que depois de ler sua orelha eu o queria a todo custo, porém não pude te-lo. Então foi uma saga a procura dele, já que na volta a livraria, dinheiro na mão, ele já não mais estava. O Dowglas procurou pra me dar de presente e não achou, eu liguei e pedi mais de cinco vezes pra varias livrarias e nunca vinha, até que um dia minha amiga francesa chega aqui em casa com ele na mão, pra mim.
E isso tudo é muito engraçado porque a pergunta que te martela a cada folha do livro é " por quanto tempo você sabe esperar por aquilo que deseja mais que tudo?".
E eu não me arrependi de ter esperado, pois me parece que são poucos os autores que sabem explorar o humano de uma maneira fantástica, e Garcia Marquez é um destes. Contudo nesta história os supostos personagens principais - Florentino, o homem que espera meio século pela mulher amada; Fermina, a mulher altiva que desmancha o compromisso firmado por cartas com aquele que ela chama de "pobre homem"; e Juvenal, medico que venceu a epidemia do cólera e casou com Fermina fazendo dela a mulher mais invejada da cidade - são apenas meros coadjuvantes dentro dessa teia, onde na verdade o Amor é o personagem principal.
É o Amor, ou a ausência dele, que move a vida destas pessoas.
Foi por amor que Florentino arquitetou uma rede de telégrafos cúmplices para se comunicar com sua amada onde quer que ela estivesse, levada pelo pai inescrupuloso para o mais longe possível dele. E mesmo quando ela o dispensou de seu compromisso, sem mais explicações, ele ainda esperou a morte do seu marido para lhe rejurar seu amor eterno.
Foi por amor a sua vaidade que Juvenal tratou de conquistar uma mulher arisca, e de enfrentar toda uma sociedade para te-la como esposa e fazer dela sua companheira perfeita aos acontecimentos sociais de um medico respeitado.
E foi por não saber de certo se era amor ou capricho que Fermina disse não a Florentino, foi por não saber o que era se amar que ela aceitou um casamento de conveniência, cheio de vexames e humilhações internas de um mundo que nunca foi seu, de um homem que só lhe amava oficialmente, de filhos que não lhe apraziam, e as vezes se odiava ao se ver pensando naquele "pobre homem", que segundo sua prima e confidente Hildebranda "era puro amor".
Todos desta história, sem excessão, foram pegos por este sentimento traiçoeiro, só que dentre todos Florentino foi o seu maior representante, pois por ele fez questão de vencer tudo, a pobreza, o preconceito, a idade, a fraqueza dos atos, resistiu ao tempo por uma mulher, e quando teve a oportunidade teve de reconquista-la, de convence-la que ela também o amava, e na senilidade construir um amor novo, que não precisaria passar pelas amarguras dos primeiros anos, pelo comodismo dos seguintes e tão pouco pelas necessidades carnais. Um amor que se encerra nele mesmo, e que traz a ambos o enlevo que deveria trazer a todos.
Esse livro não conta uma história surreal, já que é inspirado na vida dos pais do autor. Todavia ele é menos surreal não por isso, e apenas pelo simples fato de que todos nós esperamos pelo amor em nossa vida e buscamos ele com toda força sem jamais desistir um instante da certeza de que virá. Ele me ensinou que se realmente é amor ele saberá fazer o momento e a hora de florescer, nem que seja no ultimo instante, no ultimo suspiro, ele vai saber dizer que foi amor.
Por isso digo a todos os namorados, esposos, amantes, os que amam sem serem correspondidos, os que já foram e que hoje não são, mas que acima de tudo ainda amam, que vivam com essa certeza dentro de si.
Esse que desde o inicio me deu muito trabalho.
Lembro de estar sentada na banqueta da livraria e ter olhado ele por acaso, até com certo desdém, só que depois de ler sua orelha eu o queria a todo custo, porém não pude te-lo. Então foi uma saga a procura dele, já que na volta a livraria, dinheiro na mão, ele já não mais estava. O Dowglas procurou pra me dar de presente e não achou, eu liguei e pedi mais de cinco vezes pra varias livrarias e nunca vinha, até que um dia minha amiga francesa chega aqui em casa com ele na mão, pra mim.
E isso tudo é muito engraçado porque a pergunta que te martela a cada folha do livro é " por quanto tempo você sabe esperar por aquilo que deseja mais que tudo?".
E eu não me arrependi de ter esperado, pois me parece que são poucos os autores que sabem explorar o humano de uma maneira fantástica, e Garcia Marquez é um destes. Contudo nesta história os supostos personagens principais - Florentino, o homem que espera meio século pela mulher amada; Fermina, a mulher altiva que desmancha o compromisso firmado por cartas com aquele que ela chama de "pobre homem"; e Juvenal, medico que venceu a epidemia do cólera e casou com Fermina fazendo dela a mulher mais invejada da cidade - são apenas meros coadjuvantes dentro dessa teia, onde na verdade o Amor é o personagem principal.
É o Amor, ou a ausência dele, que move a vida destas pessoas.
Foi por amor que Florentino arquitetou uma rede de telégrafos cúmplices para se comunicar com sua amada onde quer que ela estivesse, levada pelo pai inescrupuloso para o mais longe possível dele. E mesmo quando ela o dispensou de seu compromisso, sem mais explicações, ele ainda esperou a morte do seu marido para lhe rejurar seu amor eterno.
Foi por amor a sua vaidade que Juvenal tratou de conquistar uma mulher arisca, e de enfrentar toda uma sociedade para te-la como esposa e fazer dela sua companheira perfeita aos acontecimentos sociais de um medico respeitado.
E foi por não saber de certo se era amor ou capricho que Fermina disse não a Florentino, foi por não saber o que era se amar que ela aceitou um casamento de conveniência, cheio de vexames e humilhações internas de um mundo que nunca foi seu, de um homem que só lhe amava oficialmente, de filhos que não lhe apraziam, e as vezes se odiava ao se ver pensando naquele "pobre homem", que segundo sua prima e confidente Hildebranda "era puro amor".
Todos desta história, sem excessão, foram pegos por este sentimento traiçoeiro, só que dentre todos Florentino foi o seu maior representante, pois por ele fez questão de vencer tudo, a pobreza, o preconceito, a idade, a fraqueza dos atos, resistiu ao tempo por uma mulher, e quando teve a oportunidade teve de reconquista-la, de convence-la que ela também o amava, e na senilidade construir um amor novo, que não precisaria passar pelas amarguras dos primeiros anos, pelo comodismo dos seguintes e tão pouco pelas necessidades carnais. Um amor que se encerra nele mesmo, e que traz a ambos o enlevo que deveria trazer a todos.
Esse livro não conta uma história surreal, já que é inspirado na vida dos pais do autor. Todavia ele é menos surreal não por isso, e apenas pelo simples fato de que todos nós esperamos pelo amor em nossa vida e buscamos ele com toda força sem jamais desistir um instante da certeza de que virá. Ele me ensinou que se realmente é amor ele saberá fazer o momento e a hora de florescer, nem que seja no ultimo instante, no ultimo suspiro, ele vai saber dizer que foi amor.
Por isso digo a todos os namorados, esposos, amantes, os que amam sem serem correspondidos, os que já foram e que hoje não são, mas que acima de tudo ainda amam, que vivam com essa certeza dentro de si.
7 comentários:
primeiro: esse negócio de que trabalhar e estudar não deixa tempo pra ler é conversa pra ninar bovino. lê de madrugada. dormir? pra que dormir?
dois: depois de ler o "Cem anos" também tou querendo ler os outros, menores, do Gabriel.
três: será que o Dowglas me dá um tmb? rarara!
quatro: tira, PELO AMOR DE DEUS, essa verificação de palavras aqui dos comentários. PELO AMOR DE DEUS!!!
abs.
POis eh Geruza...
falar de amor eh um pouco complicado, pois so qem sabe o que eh isso , sabe o q isso significa e representa,sem contar q quando o amor eh verdadeiro, pode-se passar anos, seculos, ou ate mesmo milênios, ele nunca se acaba...
C tah de parabens pelo o post ...
Como diriam os americanos "Wonderfull"...
bjOo
fui...
Meu querido Daniel, respondendo...
1º eu amo dormir!por isso vivo chegando atrasada no estagio.
2ºTe recomendo "O amor...", e me disseram que "Viver para contar" também é muito bom.
3º O Dowglas não encontrou o livro, então pra me compensar me deu dois de presente, mais um chaveiro com a coruja da pedagogia...Mas como tu não és provido de belos cachos e um sorriso tão encantador quanto o meu, não garanto muito.
4ºNão sei como tirar esse negocio, mas vou tentar.
Maycon eu só te digo uma coisa, que tenho cada vez mais certeza que o amor é eterno, a unica coisa que varia é a pessoa amada.E isso não significa que possam ser varias, pois a mesma pessoa pode agir de diferentes formas.
Beijos
Um dia ainda deixo de ser preguiçoso e vou ler O amor nos tempos do cólera... pelo que li no post, a história é muito boa mesmo.
Gerusa!
Não esqueçam de "Crônica de uma morte anunciada", acho que um dos "menores", como diz o Daniel...
beijos.
Muito bonito, Gerussol. Vc nem atendeu ao meu último chamado e eis-me aqui a lhe pedir outra coisa. Desculpe-me, mas tive de fazer um novo post hj, tão perto do anterior, porque essas resenhas serão publicadas pela USP dentro em breve, então tenho que correr. Peço a sua compreensão e que vc ponha um comentário, caso contrário não haverá publicação.
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
não há ponto depois de www
Um beijo,
RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO
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