29 junho 2008

Cinco anos...


Ando eu cheia de Saudade.
Sim! Saudade com maiuscula, como nome propio pois ela é um ser presente, atuante, torturante. Só não estou cheia dela, se é que me entendem...Gosto muito de ter Saudade, de sentir que as vezes o peito vai arrebentar e que vamos nos afogar em nossos propios sentimentos, de relembrar as coisas lindas, de sentir que o pensamento muda de cor quando pensamos em alguem que amamos muito, mas que está longe e por isso sentimos saudades.
Sinto falta dos meus dezesseis anos, das coisas que vivi e como tudo era tão mais intenso e colorido, como havia mais sangue nas lagrimas choradas na casa da minha vó a noite, meus pais lá longe...512 quilometros longe. Levei minha primeira surra da vida aos dezesseis anos. Foi ai que aprendi a brigar, a ser desaforada, a ser leoa. Bem mais doida, um pouco vadia de ficar até uma da manhã na rua.
Hoje estou até bem, mas sinto falta dos porres homericos, de pegar o carro de uma hora pra outra e ir pra Nova Iorque sem dizer nada, sem planejar...Quando dá umas quatro horas de uma tarde qualquer dar na veneta de subir o morro e olhar a cidade do alto pra se sentir um pouco no ceú.
Mas o que me dá mais falta é não ter meus amigos hoje aqui comigo, depois do 3 ano cada um pro seu lado, porém ainda se gostando muito, sentindo muito um pelo outro.
Saudades das tardes no farol, pretexto pra encontros, de se juntar os mesmos, sempre, pra fazer trabalho na casa do MarK, ou pra assistir video na casa da Mônica. Saudades dos arrastões, de ir buscar o João na Igreja.
Falta dos primeiros horarios que eu sempre chegava atrasada, ou sempre dormia, e sempre era aula do Hugo Neto (Alcool isopropilico!), do suco de goiaba da lanchonete, das tentativas de fazer o André vomitar com historias escabrosas...Já vai fazer cinco anos que vim embora.
Ela sempre vem nesses momentos pra lembrar das pessoas legais que moram longe, contudo não se distanciam um instante. Se até hoje seus amigos de escola continuam sendo seus amigos queridos, tenha certeza de que és uma pessoa de sorte...São poucos que tem a certeza de amigos pra toda vida,

Um comentário:

Camila Chaves disse...

ôoo... demorei tanto para dar uma passada nas bandas de cá. aquela velha falta de internet que chega no final do mês quando não se paga a conta de telefone... rs.

poxa, poxa, poxa. esse teu texto me fez desenhar uma história e, o que foi mais bacana, sentir o mesmo. me arrepiei. os arrastões... hahaha, hoje rio tanto de quando lembro. na época foi um desespero aquele boato que, até hoje, não entendo como surgiu. hahaha.

das minhas lembranças de ensino médio, me lembro do dia que uma amiga nossa estava triste e eu e outra amiga dela resolvemos presentea-la com uma florzinha daquelas vermelhinhas, que se a gente puxa, sai um tiquinho-quase-nada de mel, uma pedrinha do jardim da escola e um chiclete mascado. tudo isso enrolado em um pedaço de folha de caderno. hahaha ela riu tanto que nos fez viver uma sensação de dever cumprido...

inscrível... lembro-me também que sempre dizíamos que jamais nos separaríamos. de 2005 para cá são pouco mais de três anos. muito tempo para quem se via todos os dias e, durante esse tempo todinho, se reencontrou poucas vezes mais que uma dezena. hunf. triste demais isso... sendo assim, só nos resta ser felizes com as lembranças.

ah, e já ia me esquecendo... eu, sem nem saber, já gostava da cora coralina. não sabia que ela era poetiza. vim saber há poucos dias. conheci uma senhora, de mesmo nome, durante minha vivência em minas com o mst. ela era militante, atriz, poetiza e cozinhava como ninguém.

daí, um dia desses, uma amiga me mandou uma música do zeca e, sem querer, percebi que ele falava de uma cora coralina. por alguns minutos achamos que eu tinha conhecido ela, mesma. hahaha. foi engraçado. rs. bom demais isso aqui, geruza! voltarei mais vezes, sem dúvida. abraços,